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Aprovação alheia como sintomas

Problemas relacionados ao passado, como desprezo, opressão e exclusão, podem levar o sujeito a criar formas apelativas...

O acesso à ‘internet’ promoveu o crescimento de navegadores na rede, que acabam naufragando com o uso inadequado, devido à autoafirmação compulsiva, pondo seu semelhante numa posição inferiorizada. Isto é, eleva sua autoestima diminuindo a do outro.


A propagação das informações pessoais e profissionais é absurda. Fotos como autorretratos, viagens, localizações, iguarias, bens materiais luxuosos... Enfim, realizações são postas de forma doentia, compulsiva e robótica, em busca de reconhecimento social.


Esse problema – em parte – decorre da baixa autoestima, carência e autodepreciação (exceto o ‘marketing’ pessoal). Desse modo, são entorpecidos pelas validações, pelas curtidas, pelos comentários, seguidores e a pela boa repercussão – isso lembra o clássico reforço positivo baseado nos trabalhos de John B. Watson e Burrhus F. Skinner.


Problemas relacionados ao passado, como desprezo, opressão e exclusão, podem levar o sujeito a criar formas apelativas para se sentir inserido na sociedade e muitas vezes podem machucar quem vive ao seu redor.


Lembro aqui uma frase que retrata essa realidade:

 

“Quando a Educação não é transformadora, o sonho do oprimido é ser opressor”. (FREIRE, 1968).

 

Portanto, é necessário se livrar das amarras da compensação, questionando os recursos viciantes, perceber o quão é importante sem precisar mostrar nada a ninguém e as coisas devem acontecer naturalmente.


Sendo assim, o autorreconhecimento é fundamental para a construção da imagem positiva, autônoma e consciente.


Jorge Gomes.

Pedagogo.

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