Espero que a minha morte sirva para provar que a existência humana não passa de arquivos de emoções e fantasias...
Adeus!
Por que dizer adeus se apenas estou a morrer?
Não vejo motivos para despedida se a sua partida não está muito longe da minha. Contudo, se – mesmo assim – você insistir em sofrer com a minha partida, eu lhe trago nessa mensagem um alivio à sua preocupação. A morte que espero agora há tempos eu já tinha sentido gelar o meu coração, a minha alma, os meus sentimentos; e, pensando bem, não poderia existir coisa pior.
Sentir os sentimentos se esvaindo e sentir o coração diminuindo até se reduzir a uma válvula que bombeia sangue sem expressar nenhuma emoção, nem um desejo, nem mesmo um afeto.
A existência é entediante, monótona e absurdamente vazia. Espero que a minha morte sirva para provar que a existência humana não passa de arquivos de emoções, desejos e fantasias; o restante são apenas mentiras que os nossos sentimentos inventam para não parecermos tão objetivos.
Cleisianne Leite.
Fomanda em Biblioteconomia.
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